O dia amanheceu, acordamos junto com o sol. Havíamos combinado de sair do local do Encontro às 10 da manhã, mas entre arrumar as malas, encontrar o Saulo (que simplesmente havia sumido, havia uma garota dormindo sozinha na sua barraca e não sabia onde ele estava), tomar café da manhã e despedidas em geral, saímos do local às 12:00.
Saulo apareceu, ele havia ido dormir na floresta com uma outra “amiga” dele, que fizera na ocasião do Encontro.
Chegamos na rodoviária, fomos direto a alguma empresa que poderia nos levar até Colônia Del Sacramento.
Não pesquisamos muito e compramos a passagem na primeira empresa que encontramos. Estávamos com bilhetes para as 15:30.
Tínhamos que almoçar, usar a internete e resolver um “probleminha” financeiro até que um pouco grave.
Eu e a Isadora estamos sem dinheiro. Não estamos conseguindo acessar nossas contas bancárias no Brasil.
Talvez isso tenha sido um erro mesmo, visto que eu não me atentei para esse fato. Saí do Brasil com cerca de R$ 900,00 e com o restante na Banco Caixa Econômica Federal.
Talvez o caso da Isadora seja menos grave, visto que ela tem um cartão Internacional.
Enfim... encontramos uns amigos da Argentina, que também estavam no Encontro, Manuel e sua companheira (que não me recordo o nome).
Vamos almoçar juntos: Pizza!
Sem dúvidas um casal muito divertido, e foi ótimo encontrar com eles lá na rodoviária.
Trocamos alguns contatos após almoçar nessa pizzaria na frente da rodoviária. Acabamos demorando um pouco mais, devia à ótima companhia.
Tentamos voltar a tempo de entrar na internete, mas não me atentei para o fato de aqui em Uruguay, o padrão de tomadas ser diferente do Brasil, No Brasil usamos com frequencia o padrão de tomadas achatadas, sabe? Aqui no Uruguay só existem tomadas daquelas redondas.
Tive que gastar um tempo precioso para encontrar um adaptador. Mas como a rodoviária de Montevideo é praticamente um Shopping, foi fácil encontrar o tal adaptador em uma grande rede de supermercado daqui (Ta-Ta, uma espécie de Pão de Açucar, no Brasil).
Quando retornei à área de Wi-Fi (internete sem fio) do terminal rodoviário, já estava na hora de correr para a plataforma. Não deu tempo de mais nada.
Apesar do ônibus disponibilizar Wi-Fi (isso mesmo! Algumas empresas de ônibus disponibilizam Wi-Fi dentro dos ônibus!) eu estava sem bateria, por isso mais uma vez acabei me atrasando na postagem dos textos e na respostas dos meus e-mails.
Foram 4 horas de Montevideo até Colônia.
Chegamos na rodoviária de Colônia completamente perdidos (para variar um pouco! – Risos..)
Aprendemos que a melhor coisa a se fazer nesses casos é procurar a agência turística nesses terminais.
Encontramos uma, já que o terminal não é tão grande. Pegamos mapas e informações da cidade histórica de Colônia Del Sacramento.
Lá ainda conseguimos o endereço de um Camping que estava literalmente dentro do nosso curto orçamento. Pagaríamos 50 Pesos Uruguaios por cabeça, mais 150 Pesos Uruguaios pelas barracas.
Cambiando esses valores, já que 10 pesos uruguaios valem R$ 1,00, teríamos uma ótima oportunidade de economizar um bom dinheiro em nossa estadia em Colônia, que seria inicialmente de um dia.
Ficamos ainda na rodoviária para carregar o LapTop, mas a rede do terminal estava fora do ar. Conclusão: Mais atraso nas postagens – risos...
Ao sairmos da rodoviária, Colônia nos encantou. Uma cidadezinha pacata. Pouca movimentação de carros. O Clima ameno do sol que brilha até as 20:30 e queima muito, mas que na sombra, a brisa do Mar Del Plata refresca.
A nossa opção primeira teria sido a de ir de ônibus (Bus, no dialeto local), mas havia um taxista bem na frente do terminal, tomando o seu chimarrão, que obviamente percebeu que éramos turistas. Ele nos ajudou com as informações sobre como embarcar no ônibus que nos levaria até o Camping, mas acabamos perguntando por quanto ele nos levaria até lá.
Fechamos um valor pré fixado: 100 pesos!
Isso dá R$ 10,00 pela corrida. Ou seja, R$ 2,50 por cabeça.
Uma ótima vantagem para nós, visto que estávamos com um pouco de cansaço e eu, particularmente, com meu joelho latejando de dor.
Da rodoviária até o Camping foram cerca de 10 minutos.
A cidade realmente era encantadora. Muitas árvores. Poucos carros e muita...muita moto pelas ruas.
Aqui é comum demais. Quase não existem carros, e dos poucos que existem, todos são muito velhos. Chega a lembrar um pouco Cuba.
Aqui não houve ainda uma recente renovação de frota, devido à Ditadura que aqui, foi a mais recente dos países do Mercosul. Até o inicio da década de 90.
Porém a necessidade de locomoção foi suprida com as tais motos. Não existem motos “grandes”, ou seja, motos de grandes potências. Na verdade não vi uma única moto daquelas motos que vemos por São Paulo, por exemplo.
São todas motos pequenas, tipo aquelas Jog`s que encontramos até com facilidade por aí no Brasil.
E mobiletes também.
E literalmente todos aqui usam isso. E quando digo “todos”é porque são todos mesmo!
Desde senhores e senhoras de idade avançada até crianças de uns 12 ou 13 anos!
Aqui não é obrigatório o uso de capacete, mas notei que a educação no trânsito é altíssima.
Não importa onde você esteja, se um motorista vê que a sua intenção é atravessar a rua, eles realmente param para você atravessar.
Mas mesmo assim, é muito estranho ver às vezes uma família inteira em uma motoneta e todos sem capacetes.
Enfim... chegamos no Camping.
Pagamos e confirmamos os valores na recepção. Realmente parecia ser tudo aquilo que nos falaram sobre o local.
Tinha luz elétrica, banho quente e um bar na recepção.
Escolhemos o local para armar a barraca bem ao fundo do terreno do Camping. A minha barraca eu posicionei exatamente do lado de um ponto de energia elétrica, pois eu teria que carregar muitas coisas: Celular, LapTop, Lanterna e Câmera.
Terminamos de armar tudo por volta das 20:00. Tínhamos que jantar e essa seria o nosso próximo passo.
Quando estávamos chegando ao Camping, de Taxi, percebemos que passamos na frente de um shopping, o Shopping Colônia, e definimos que iríamos para lá.
Porém, devido ao meu joelho ainda dolorido, caminhamos muito devagar. Chegamos no Shopping faltando 10 minutos para as 22:00. Mas não existiam muitas opções para comermos. Era um shopping pequeno, com um único restaurante, e chinês.
Não existia nada para comermos que fosse “limpo” (leia-se: sem ovo e sem leite e sem nenhum ingrediente de origem animal!). Porém existia um supermercado, daquela grande rede, Ta-Ta.
Aquilo nos salvou!
Compramos pão, pizza, margarina vegetal, suco e uns doces.
Gastamos cada um cerca de 87 pesos.
Comprei ainda um chinelo, bem barato: 55 pesos, pois o meu eu esqueci em São Paulo.
Voltamos ainda a tempo de tomarmos um banho quente, por volta das 23:30.
Jantamos pizza! Acendemos uma fogueira para esquentá-la (pois compramos aquelas pizzas semi prontas).
Fomos dormir na sequencia. Fim de mais um dia, prontos para o próximo.
Câmbio.