08/10/2010
Dia neutro. Dia dentro do ônibus.
Cruzamos a fronteira às 16:00 horas.
Está sol. O ônibus demora na alfândega brasileira.
Parece que tem um trânsito complicado na alfândega Argentina. Algo como declaração de bens. Não sei ainda.
17:00 cruzamos a Aduana argentina.
O processo foi lento. Todas as bagagens foram revistadas. Oi tenso nessa hora.
Criaram problemas com minha bicicleta e com o Laptop.
Pediram “los pepeles”… E eu não os tinha….
Eu nao entendí o que aconteceu com a mala da bicicleta.. Uma hora ela estava no chão, aos pés do policial do exercito argentino, e em outro momento, mesmo com as ressalvar sobre entrar na Argentina com uma bicicleta, a mala estava dentro do ônibus novamente.
O motorista se aproximou e disse que depois conversaríamos sobre esse fato.
Isso me cheirou à propina...
Mas vamos ver o que rola!
As minhas duas mochilas foram retiradas. Abertas e averiguadas.
Tive que ligar meu computador para mostrar que era meu mesmo, mostrando arquivos criados há alguns anos.
No inicio do ano, quando estive aqui na Argentina (agora posso escrever “aqui na Argentina” porque já estou na Argentina – risos...) não foi necessário NADA disso. Tudo foi mais fácil e menos complicado. Dizem que o controle maior acontece mesmo nessa Aduana... que faz parte da Tríplice Fronteira.
O sol se Poe pela primeira vez, depois de alguns longos meses, novamente em território argentino.
Faz sentido você imaginar que se abre para viver outras coisas quando você troca o cenário em que se vive.
Na verdade, eu não sei se foi isso que aconteceu, ou se o ângulo daqui realmente faz com que o pôr do sol fique assim, como um dos mais lindos que já vi.
Talvez tão lindo que possa ser comparado ao pôr do sol em Colônia Del Sacramento, no Uruguai, onde o sol se põe “dentro”do Mar Del Plata. E esse sim... o MAIS LINDO dos meus 29 anos.
Eu estou ouvindo os irmãos Angus and Julia Stone, mais especificamente a música Big Jet Plane... e isso talvez deixe tudo realmente mais bonito... e com um toque meio melancólico.
A lua minguante logo ocupa as minhas atenções. Os pampas argentinos,as construções, os carros velhos e com placas estranhas.
Mas o pôr do sol... e logo depois um sorriso. Um risco como um sorriso no céu... Era a lua minguante de outubro.
Mais ao alto, a estrela Dalva brilhava sobre todas as outras.
“If you Love me, i`ll make you a star in my universe”.
Esse era o refrão que eu ainda prestava atenção.
O clima esta ameno. Nem frio, nem calor.
Nos pampas, muitos pinheiros.
Com eles, muitas madeireiras.
Por volta das 9 da noite, ainda horário de Brasília, paramos para jantar no restaurante da própria empresa de ônibus.
Comi arroz com legumes.
Aqui é uma cidadezinha que dista exatamente 1100 Km de Buenos Aires.
Isso significa que ainda temos cerca de 12 horas de viagem.
Nesse momento, Abril no headphone:
Bons Dias...
Tenha cuidado, veja onde vai pisar.
Olhe para sua frente, saiba caminhar.
O dia ainda não nasceu...
Eu vejo tudo a minha volta,
Eu vejo aqui o teu olhar...
Eu vejo tudo diferente, aonde você possa estar...
A noite ainda não morreu...
Me diz o que te faz feliz??
Me diz o que te faz feliz??
Se algum dia encontrar você e eu não chamar teu nome...
É porque eu não sei viver sem você!
Eu vejo tudo a minha volta,
Eu vejo aqui o teu olhar...
Eu vejo tudo diferente, aonde você possa estar...
Me diz o que te faz feliz??
Me diz o que te faz feliz??
Aonde VOCÊ quer chegar?
Aonde eu queria estar?
Se tudo que eu tenho me faz lembrar bons dias...
Se algum dia encontrar você e eu não chamar teu nome...
É porque eu não sei viver sem você!
Se algum dia encontrar você e eu não chamar teu nome...
É porque eu não aprendi a viver!
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